X-Men – Apocalipse: Novidades sobre o filme e o visual do vilão revelados na Comic-Con. E Hugh Jack confirma que Wolverine 3 será adaptado de Old Man Logan
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Algumas boas novidades no painel da Comic-Con de San Diego sobre X-Men – Apocalipse, sequência de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, terceiro filme da série que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox: temos as primeiras imagens do vilão e um pequeno teaser trailer, apesar do longa só estar com cinco semanas de filmagens.
O visual do vilão Apocalipse já havia vazado ontem por meio de um poster desenhado para o filme, contudo, agora podemos ver uma imagem real de En-Sabah-Nur. O visual é bastante similar aos quadrinhos, com exceção dos lábios emoldurados típicos das HQs. Na cena em questão, Magnetoconhece o vilão e pergunta: “quem diabos é você?”; e Apocalipse responde: “Venha ver”.
O curioso é que uma Tempestadeadolescente (e com cabelo moicano!) está ao lado do vilão. Quem viu o trailer – que não vazou inteiramente na internet ainda – afirma que dá a entender que osQuatro Cavaleirosdo Apocalipse serão Magneto, Tempestade,Psylocke e o Anjo,segundo afirmam várias fontes no Twitter.
As descrições também dizem que o vídeo é bastante sombrio e que dentre as cenas há uma corrida do Mercúrio; Jean Grey tendo uma visão do fim do mundo; e o professor Xavier (já careca) dizendo que nunca encontrou um poder como o de Apocalipse. Também dizem que o vilão tem a capacidade de controlaroutros mutantes. Será isso que fará os Cavaleiros adotarem seu lado?
Por fim, o painel – que na verdade não se resumiu ao filme dos mutantes, mas aos produtos da Marvelcapitaneados pela Fox, com menções a Wolverine 3, Gambit, Deadpool e até Quarteto Fantástico – também teve o ator Hugh Jackman confirmando que Wolverine 3 será uma adaptação de Old Man Logan, a famosa HQ dos anos 2000 que mostra um futuro sombrio em que Logan é um dos últimos heróis da Marvel vivos. (Saiba mais aqui).
Provavelmente, apenas a essência da história será mantida para adaptá-la à realidade cinematográfica. Os rumores sobre o filme até agora falam de uma aventura conjunta entre Wolverine e o idosoCharles Xavier.
Apocalipse se passará em 1983 e trará a ameaça do vilão homônimo, um dos maiores das HQs originais, e mostrará a real fundação dos X-Men, quando Charles Xavier reúne o time formado por Ciclope, Tempestade, Jean Grey e Fera para atuarem como uma equipe paramilitar que luta pela causa mutante. Outros heróis devem participar do filme, como Wolverine.
X-Men – Apocalypse tem história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (deX-Men 2 e Superman – O Retorno); e é dirigido por Bryan Singer. O filme é uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e traz de volta de James McAvoy (Charles Xavier/ Professor X), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Oscar Isaac (En-Sabar-Nur/ Apocalipse), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Peter Maximoff/ Mercúrio), Tye Sheridan (Scott Summers/ Ciclope), Sophie Turner (Jean Grey), Alexandra Shipp (Ororo Monroe/ Tempestade), Ben Hardy (Warren Worthington III/ Anjo), Kodi Smit-McPhee (Kurt Wagner/ Noturno), Lana Condor (Jubileu), Olivia Munn (Betsy Braddock/ Psylocke), além da provável participação de Hugh Jackman (Wolverine). Aparentemente, Ian McKellen (Magneto idoso) e Halle Berry (Tempestade adulta) também farão pequenas participações especiais. O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
Wolverine foi criado pelo roteirista Len Wein e o desenhista John Romita como coadjuvante de uma história do Hulk, em 1974. Um ano depois, foi incorporado (também por Wein) à novíssima formação dos X-Men, e desde então, é um dos principais membros da equipe. Nos anos 1980, começou a ter suas aventuras solo e mantém-se como um dos personagens mais populares da Marvel Comics. Atualmente, também é membros dos Vingadores.
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X-Men – Apocalipse: Hugh Jackman confirmado no filme
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Até agora, era nebulosa a participação deHugh Jackman como Wolverine em X-Men – Apocalipse, sequência de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, terceiro filme da série que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox. Porém, um tuíte de um membro terceirizado da produção do filme, responsável por design, terminou confirmando a participação do astro no filme. A empresa Kika publicou no twitter que está produzindo uma mochila para o astro usar no filme.
A participação de Wolverine já era esperada,mas não havia sido confirmada. De que forma se dará, contudo, não está claro. A carência de informações e a ausência de Hugh Jackman do set de filmagens em Toronto, no Canadá, dão a entender que Logan terá umaparticipação pequena no filme.
Rumores afirmaram no passado que, apesar do filme se passar em 1983, haveria uma cena no presente que envolveria Wolverine, Tempestade e Magneto, representados respectivamente por Jackman, Halle Berry e Ian McKellen. O boato ganhou força há alguns meses atrás quando o ator Patrick Stewart (que interpreta a versão idosa de Charles Xavier) afirmou em uma entrevista que, apesar dele não estar em Apocalipse, seu amigo McKellen estará.
Nas histórias em quadrinhos, há uma história muito específica entre Wolverine e Apocalipse, quando o vilão sequestra Logan e otransforma no Quarto Cavaleiro do Apocalipse, a Morte. Os X-Men travam uma grande batalha para derrotar seu ex-aliado, mas no fim, tudo volta ao normal. Esta aventura está ligada à trama da saga Os Doze e foi publicada na minissérie The Astonishing X-men 01 a 03, escrita e desenhada por Alan Davis e lançada em 1999, assim como em Uncanny X-Men 375 a 377 e X-Men 95 a 97, com textos de Alan Davis e Terry Kavanagh e arte do primeiro.
Contudo, usar essa trama colocaria Logan no centro da história de Apocalipse, tirando o lugar que o Anjo ocupa nas mesmas condições. E o diretor Bryan Singer já deu grandes indícios de que este será transformado em Morte ao longo do filme. Mas fica um alerta aos fãs.
De qualquer modo, Hugh Jackman já avisou que Wolverine 3, que sairá em 2017, será suaúltima vez interpretando o personagem que vive desde 2000.
Apocalipse se passará em 1983 e trará a ameaça do vilão homônimo, um dos maiores das HQs originais, e mostrará a real fundação dos X-Men, quando Charles Xavier reúne o time formado por Ciclope, Tempestade, Jean Grey e Fera para atuarem como uma equipe paramilitar que luta pela causa mutante. Outros heróis devem participar do filme, como Wolverine e Gambit.
X-Men – Apocalypse tem história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (deX-Men 2 e Superman – O Retorno); e é dirigido por Bryan Singer. O filme é uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e traz de volta de James McAvoy (Charles Xavier/ Professor X), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Peter Maximoff/ Mercúrio), Tye Sheridan (Scott Summers/ Ciclope), Sophie Turner (Jean Grey), Alexandra Shipp (Ororo Monroe/ Tempestade), Ben Hardy (Warren Worthington III/ Anjo), Kodi Smit-McPhee (Kurt Wagner/ Noturno), Lana Condor (Jubileu), Olivia Munn (Betsy Braddock/ Psylocke), além da provável participação de Hugh Jackman (Wolverine). Aparentemente, Ian McKellen (Magneto idoso) e Halle Berry (Tempestade adulta) também farão pequenas participações especiais. O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
Wolverine foi criado pelo roteirista Len Wein e o desenhista John Romita como coadjuvante de uma história do Hulk, em 1974. Um ano depois, foi incorporado (também por Wein) à novíssima formação dos X-Men, e desde então, é um dos principais membros da equipe. Nos anos 1980, começou a ter suas aventuras solo e mantém-se como um dos personagens mais populares da Marvel Comics. Atualmente, também é membros dos Vingadores.
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Wolverine 3: Hugh Jackman fala novamente sobre filme ser sua última vez no personagem
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Já faz algum tempo, o ator australiano Hugh Jackman vem falando sobre a última vez em que interpretará o personagem Logan, que seria em Wolverine 3,sequência de Wolverine – Imortal,filme que dá prosseguimento à saga do herói mutante mais famoso da Marvel Comics, membro dos X-Men e adaptado aos cinemas pela 20th Century Fox. Agora, em entrevista ao Huffington Post, o astro reforça sua ideia dedespedida e está bem com isso.
O site pergunta como ele se sente tendo que encarar o personagem que interpreta há 15 anos:
Estranhamente, eu estoumuito animado sobre filmar [Wolverine 3]. Sinto um grande entusiasmo. Suponho que seja um processo denegação, como o jogador de futebol que anuncia sua aposentadoria antes da última temporada. Então, estou realmente ansioso por ele. Mas, eu sei que não acabei ainda. Ainda tenho que acordar às quatro da manhã e comer um monte de omeletes de ovos brancos e frangos cozidos no vapor e tudo aquilo.Sinto-me muito abençoado que eu amei interpretar esse papel e que o último Wolverine [Imortal] e o último X-Men [Dias de Um Futuro Esquecido] foram, talvez, os dois melhores [que fizemos] e eu sinto, felizmente, que faremos de novo com este último.
Jackman também faz uma avaliação do peso de Wolverine em sua carreira de ator:
Houve um período, mais ou menos seis anos atrás, quando eu podia ver minhas escolhas serematrapalhadas por Wolverine, mas agora, sinto que elas se abriram para fazer Os Miseráveis, Prisoneiros ou Pan. As opções vindo agora são mais variadas do que jamais foram em minha vida.
Vale lembrar que Jackson conseguiu manter uma carreira sóbria, aparecendo em filmes de diversos tipos, como O Grande Truque, A Fonte da Vida, Austrália e Chappie, além de ter sido indicado ao Oscar de Melhor Ator por Os Miseráveis; o que nem sempre é possível quando se assume um personagem de franquia desse tipo.
Por fim, o site questiona sobre a contratação de um novo ator para viver Wolverine após2017:
Eles [Fox e a Marvel] sempre me apoiaram muito… 17 anos é um tempo muito longo! E estou certo que eles estão começando a procurar por alguém, sabia? Alguém pode estar assinando um contrato de 11 filmes enquanto conversamos.
Este último ponto é interessante, pois apesar de sabermos que a Fox irá escalar um ator mais jovem para viver Wolverine, será a primeira vez que alguém do elenco realmente principal da franquia mutante será trocado. Qual será o efeito? O público aceitará o novo intérprete? Haverá rejeição?
Ninguém deveria ficar chocado com atroca de Hugh Jackman como Wolverine, afinal, James Bond já foi vivido por seis atores diferentes e funcionou. Jackman estreou no papel de Wolverine em X-Men – O Filme, de 2000, o primeiro da franquia mutante. De lá para cá, interpretou o personagem em seis filmes (4 X-Men’s, 2 Wolverine’s), além de uma participação-relâmpago em um sétimo.
Antes de Wolverine 3, contudo, Jackman pode reprisar seu papel outras duas vezes em pequenas participações em Deadpool (que estreia em fevereiro de 2016) e em X-Men – Apocalipse (que estreia em maio de 2016).
Wolverine 3 será dirigido por James Mangold (o mesmo de Wolverine – Imortal) e chega aos cinemas em 03 de março de 2017. A história deve girar em torno da parceria entre Logan e o professor Charles Xavier.
Wolverine foi criado pelo roteirista Len Wein e o desenhista John Romita como coadjuvante de uma história do Hulk, em 1974. Um ano depois, foi incorporado (também por Wein) à novíssima formação dos X-Men, e desde então, é um dos principais membros da equipe. Nos anos 1980, começou a ter suas aventuras solo e mantém-se como um dos personagens mais populares da Marvel Comics. Atualmente, também é membros dos Vingadores.
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Etiquetas: Hugh Jackman, Wolverine
X-Men – Apocalipse: Filmagens iniciam e dão vislumbres de Ciclope, Jean Grey, Noturno e Jubileu
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Iniciaram ontem as filmagens de X-Men – Apocalipse, sequência de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, terceiro filme da série que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox, e já temos asprimeiras imagens dos sets de filmagem. O diretor Bryan Singer também aproveitou a oportunidade e divulgou a primeira imagem oficial da versão adolescente de Noturno, antes que os paparazzi os fizessem.
Dentre as imagens captadas nas filmagens – que aparentemente envolvem os jovens recrutas de Xavier indo a um shopping center onde um cinema exibe Star Wars – Episódio V: O Retorno de Jedi (o filme se passa em 1983) – temos pequenos vislumbres de Ciclope, Jean Grey, Noturno e Jubileu, todos em roupas civis.
Também foram divulgadas algumas artes conceituais do filme, que mostram a nave de Apocalipse (que nas HQs tem origem alienígena e é inteligente), o Cérebro, o Egito Antigo (mostrando que haverá cenas de flashback sobre as origens do vilão) e o novo blackbird, o avião da equipe. Também a já conhecida imagem do Anjo como Morte, o quarto cavaleiro de Apocalipse aparece.
Uma curiosidade das imagens é que, nos desenhos da arte conceitual, Charles Xavier ainda mantém os cabelos, obrigando todos a fazerem aquela pergunta: quando ele vai ficar careca?
Nacronologiados próprios filmes da Fox (nem estamos indo aos quadrinhos originais) Xavier já é carecaquando recrutaCiclope(como mostrado em X-Men Origens – Wolverine) eJean Grey(como mostrado em X-Men – O Confronto Final). A mudança da linha do tempo causada porDias de Um Futuro Esquecido mudou até isso?
(E não esqueça que Jubileu já era adolescente em X-Men 2 – que se passa no nosso presente, não em 1983 – mas tudo bem, que era apenas uma “ponta” e a personagem não tinha nem falas nem era chamada pelo nome…).
Apocalipse se passará em 1983 e trará a ameaça do vilão homônimo, um dos maiores das HQs originais, e mostrará a real fundação dos X-Men, quando Charles Xavier reúne o time formado por Ciclope, Tempestade, Jean Grey e Fera para atuarem como uma equipe paramilitar que luta pela causa mutante. Outros heróis devem participar do filme, como Wolverine e Gambit.
X-Men – Apocalypse tem história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (deX-Men 2 e Superman – O Retorno); e é dirigido por Bryan Singer. O filme é uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e traz de volta de James McAvoy (Charles Xavier/ Professor X), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Peter Maximoff/ Mercúrio), Tye Sheridan (Scott Summers/ Ciclope),Sophie Turner (Jean Grey), Alexandra Shipp (Ororo Monroe/ Tempestade), Ben Hardy (Warren Worthington III/ Anjo), Kodi Smit-McPhee (Kurt Wagner/ Noturno), Lana Condor (Jubileu),Olivia Munn (Betsy Braddock/ Psylocke), além da provável participação de Channing Tatum(Gambit). Aparentemente, Ian McKellen (Magneto idoso) e Halle Berry (Tempestade adulta) também farão pequenas participações especiais. O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
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Wolverine 3: Hugh Jackman diz que filme será sua “última vez” vivendo o personagem
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Já há algum tempo, o ator australiano Hugh Jackman vem refletindo sobre sua idade e a capacidade de interpretarWolverine, o herói mutante mais famoso da Marvel Comics, membro dos X-Men e adaptado aos cinemas pela 20th Century Fox. O astro parece ter uma ideia mais definitiva sobre isso nesses dias: hoje, postou na sua conta no Twitter que irá viver o personagempela última vez,juntamente a uma imagem das garras metálicas do personagem.
O comentário logo causou algum frissonna internet não tanto pelo fim de sua temporada como o mutante Logan, afinal, depois de 15 anos e sete filmes não é surpresa alguma, pois ele não poderá viver o personagem para sempre (E já tem 46 anos de idade!). O ponto da repercussão foi sobre qual seria essa última vez: X-Men – Apocalipse, que está iniciando as filmagens agora e será lançado em 2016, ou já anunciado Wolverine 3, que chega aos cinemas em 2017.
Quem tirou as dúvidas foi o diretor deste último longa, James Mangold, que respondeu ao post de Jackman com a frase “não vejo a hora de fazer isso”.
Até a esta altura, não está totalmente claro se Wolverineestará presente em Apocalipsee, caso esteja, qual o grau de sua participação. Tendo em vista que Logan só é “encontrado” pelos X-Men no primeiro filme da franquia, que se passa “no presente”, não faria muito sentido ele estar presente em Apocalipse, que se passa em 1983. O que deixa dúvidas nos fãs é que X-Men – Dias de Um Futuro Esquecidomudou toda a linha temporal da franquia dos mutantes, então, não se sabe o que vale e o que não vale em termos de cronologia. Honestamente, acho que nem a Fox sabe.
Os rumores dizem que Wolverine apareceria emApocalipse em uma cena comTempestade e Magneto no presente, ou seja, encarnados por Halle Berry e Ian McKellen, respectivamente. Qual seria o propósito dessa cena?
De qualquer modo, não seria mal ter um filme não-centrado em Wolverine para variar. X-Men – Primeira Classe foi assim e se deu muito bem. Afinal de contas, Wolverine 3, a sequência de Imortal, chega logo, logo, em 2017.
Agora, sem dúvidas, caso Hugh Jackman realmente se aposente de Wolverine em 2017, será o fim de uma era.
Só não é uma boa notícia para a Fox, afinal, a atriz Jennifer Lawrence também disse em uma entrevistas esta semana que, após Apocalipse, está disposta a se despedir de Mística. O estúdio perderia dois de seus astros numa cajadada só.
De qualquer modo, renovar às vezes é bom.
Wolverine 3 será dirigido por James Mangold (o mesmo de Wolverine – Imortal) e chega aos cinemas em 03 de março de 2017. A história deve girar em torno da parceria entre Logan e o professor Charles Xavier.
Wolverine foi criado pelo roteirista Len Wein e o desenhista John Romita como coadjuvante de uma história do Hulk, em 1974. Um ano depois, foi incorporado (também por Wein) à novíssima formação dos X-Men, e desde então, é um dos principais membros da equipe. Nos anos 1980, começou a ter suas aventuras solo e mantém-se como um dos personagens mais populares da Marvel Comics. Atualmente, também é membros dos Vingadores.
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X-Men: Patrick Stewart diz que Ian McKellen estará em Apocalipse que Professor Xavier aparecerá em Wolverine 3
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
O ator britânico Patrick Stewart deu uma entrevista ao Oregon Live e disse informações algo bombásticas sobre o vindouro Wolverine 3, sequência de Wolverine – Imortal, filme que dá prosseguimento à saga do herói mutante mais famoso da Marvel Comics, membro dos X-Men e adaptado aos cinemas pela 20th Century Fox. O ator, que interpretou a versão idosa doprofessor Charles Xavier na Trilogia dos X-Men e em Dias de Um Futuro Esquecido, confirmou o já dito em outras entrevistas de que não irá aparecer em X-Men – Apocalipse, o próximo filme dos mutantes, a sair em 2016, porém, acrescentou que Ian McKellen – que faz a versão idosa do vilão Magneto – irá sim estar no filme.
O site lhe pediu para confirmar que não voltaria mais a viver o professor Charles Xavier (que disse em outras entrevistas) e Stewart respondeu:
Sim [confirmo]. Eu entendo que é muito pouco provável que eu estarei no próximo filme dos X-Men, que está pronto para começar as filmagens em Montreal.
Não participar faz todo o sentido, já que Apocalipse se passará nos anos 1980 e trará, portanto, a versão mais jovem de Xavier, vivida pelo ator James McAvoy. Contudo, Stewart diz em seguida:
Mas Magneto, Ian McKellen, com certeza irá participar [de Apocalipse]. E o que eu estou muito animado é que estivemos conversando sobre um filme do Wolverine, que vai reunir eu e Hugh Jackman juntos, Wolverine eProfessor Xavier. Isto é um tipo bem diferente de [filme dos] X-Men em relação aos quatro filme que já fizemos antes.
Duas informações bem interessantes nessa fala.
A primeira é que, de algum modo, teremos aversão idosa de Magneto em Apocalipse. Como? Não é impossível ter alguma cena no futuro,relacionando aos fatos transcorridos nos anos 1980. A não ser que a produção opte por usarviagens no tempo de novo. (O vilão Apocalipse não raro aparece em histórias desse tipo nas HQs…).
A segunda – e mais interessante – é queWolverine 3 (até agora agendado para 03 de março de 2017) trará a reunião de Logan com Charles Xavier. A interação dos dois personagens foi pouco explorada na Trilogia dos X-Men e poderia render uma boa história. Também tal fato é visto pelos comentadores da internet como um tipo de X-Men 4.
Como a cena final de Dias de Um futuro Esquecido revela, realmente, é possível reunir os “velhos” X-Men novamente. E Wolverine 3será uma boa oportunidade para isso.
A partir da fala de Stewart, osite JoBlo foi atrás do próprio Hugh Jackman, que além da estrela, também é produtor dos filmes de Wolverine. Surpreendido pela abordagem, o ator australiano decidiu não negar as evidências, embora tenha evitado dizer muito sobre o que vem a seguir:
Eu não vou negar isso [que Patrick Stewart revelou]. Aprendi ao longo dos anos a tentar [negar] e colocar minha “cara de jogador de poker”. De qualquer maneira, jogue poker comigo se quiser ganhar algum dinheiro, porque eu sou péssimo. Mas, eu sempre vi como uma relação realmente muito importante [entre Logan e Charles Xavier] e nós começamos com isso e acho que é algo realmente importante. Acho que poderia ser legal de ver em um filme do Wolverine, porque não exploramos isso nos filmes solo de Wolverine. Então, não vai não acontecer.
Um filme baseado na dinâmica Wolverine-Xavier, contudo, não irá se basear emnenhuma das grandes histórias dos personagens (vejaaqui as Melhores Histórias de Wolverine), como se esperava queWolverine 3 fosse. Muito se fala em adaptar Old Man Logan, a clássica história de Mark Millarsobre um velho Wolverine em um futuro em que a maioria dos heróis da Marvel já morreu. Poderia até ser possível, desde que colocassem isso no “presente” e Xavier no lugar do Gavião Arqueiro.
Por outro lado, Wolverine 3 pode criar uma história original e misturar elementos de várias histórias, como a maioria dos filmes fizeram. Partindo de onde terminou Wolverine – Imortal,podemos ver um pouco da jornada do herói pelo mundo em busca de aventura. Também podemos ver – e o HQRock gostaria de ver isso – de Logan e Xavier sabendo que o tempo foi alterado pelos eventos de Dias de Um Futuro Esquecido irem atrás do irmão do primeiro:Victor Creed, o Dentes de Sabre, dando a oportunidade de Liev Schreiber reprisar o papel que fez tão bem em X-Men Origens – Wolverine e que é a melhor coisa daquele filme.
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Wolverine 3 não tem roteirista nem diretor confirmados.
Wolverine foi criado pelo roteirista Len Wein e o desenhista John Romita como coadjuvante de uma história do Hulk, em 1974. Um ano depois, foi incorporado (também por Wein) à novíssima formação dos X-Men, e desde então, é um dos principais membros da equipe. Nos anos 1980, começou a ter suas aventuras solo e mantém-se como um dos personagens mais populares da Marvel Comics. Atualmente, também é membros dos Vingadores.
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Apocalipse se passará em 1983 e trará a ameaça do vilão homônimo, um dos maiores das HQs originais, e mostrará a real fundação dos X-Men, quando Charles Xavier reúne o time formado por Ciclope, Tempestade, Jean Grey e Fera para atuarem como uma equipe paramilitar que luta pela causa mutante. Outros heróis devem participar do filme, como Wolverine e Gambit.
X-Men – Apocalypse terá história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (de X-Men 2 e Superman – O Retorno); e será dirigido por Bryan Singer. O filme será uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e trará de volta de James McAvoy (Charles Xavier), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Peter Maximoff/ Mercúrio), Tye Sheridan (Scott Summers/ Ciclope), Sophie Turner (Jean Grey) e Alexandra Shipp (Ororo Monroe/ Tempestade), além de Channing Tatum (Gambit). O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
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X-Men: As Melhores Histórias
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Durante décadas, a equipe de heróis mutantes da Marvel Comics, os X-Men, foram um dos produtos de maior sucesso no mercado editorial das histórias em quadrinhos. Agora, sucesso também nos cinemas – com o recente X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, sequência de X-Men – Primeira Classe, levado aos cinemas pela 20th Century Fox. Aproveitando a deixa, oHQRock traz uma seleção das Melhores Histórias da equipe em sua mídia original.
Percebe-se, de antemão, que os mutantes sempre renderam boas histórias, especialmente em tempos idos. A lista procuraequilibrar posições a partir de temporalidades distintas, clássicos e contemporâneos; mas não se pretende definitiva. Afinal, são mais de 50 anos de HQs de muita qualidade.
Contudo, o HQRock não se exime de afirmar que a qualidade das histórias dos X-Men decaiu demais nas últimas décadas e que seus personagens – e criadores – permanecem rodando em círculos; reciclandoconceitos antigos. Mesmo que a fase Marvel Now tenha inovado em algumas coisas, nas mãos de Brian Michael Bendis, ainda é algo muito aquém do que os mutantes foram no passado.
Mas vamos celebrar o que é bom. Por isso, pegue seu visor de lentes de quartzo de rubi, afie suas garras de adamantium, faça um polimento na sua pele de aço orgânico e se teletransporte para o parágrafo seguinte, contemplando as Melhores Histórias dos X-Men nos quadrinhos.
01 – A SAGA DA FÊNIX NEGRA
Por Chris Claremont (texto) e John Byne(argumento e desenhos), em X-Men 129 a 138, de 1980.
Ponto máximo das aventuras dos X-Men, A Saga da Fênix Negra definiu a equipe nos anos 1980 e é ainda hoje uma referência importante ao universo mutante. Sua trama básica já foi usada no cinema – em X-Men – O Confronto Final e nos anteriores – mas foi desperdiçada pela falta de visão dos roteiristas e do medo do estúdio em arriscar. Nos quadrinhos, é dinamite pura.
É preciso entender uma prévia: a transformação de Jean Grey, a Garota Marvel, na Fênix, que ocorreu no arco Feliz Natal, X-Men (leia abaixo), na qual a garota telepática e telecinética ganha poderes cósmicos quase infinitos, muito além da compreensão humana. A personagem, porém, ficou um tempo sem muita utilidade até A Saga da Fênix Negra começar.
Na trama, Jean Grey começa a ser assombrada por inexplicáveis memórias doséculo XVIII, como de uma antepassada dela. Essa Jean Grey “do passado” é seduzida por um belo nobre chamado Jason Wyndgare e começa a se apaixonar. Na verdade, Wyndgare é ninguém menos do que o Mestre Mental – velho membro daIrmandade de Mutantes – que está manipulando a mente da heroína para despertar o lado negro dela. E dá certo! As maquinações dele, apoiadas pelo misteriosoClube do Inferno, fazem emergir a Fênix Negra, uma versão completamente maligna e amoral de Jean Grey. E revestida dos poderes infinitos da Fênix.
Como os X-Men podem confrontar a sua colega de equipe? Como Ciclope pode lidar com o fato do amor de sua vida se transformar no pior inimigo que os X-Men já combateram?
A Saga da Fênix Negra se desenvolve cheia de nuances e termina de forma trágica, marcando um importante momento dos X-Men nos quadrinhos, mas também, criando um dos eventos mais dramáticos da Marvel.
No plano editorial, a saga também foi marcante. Claremont e Byrne produziram a história, mas o Editor-Chefe da Marvel na época, o polêmico Jim Shooter, os obrigou a reescrever o final. Afinal, a Fênix havia matado 6 bilhões de pessoasao explodir um planeta apenas para demonstrar o seu poder. Na visão de Shooter, isso era imperdoável e ela tinha que ser punida.
Assim, Claremont e Byrne escreveram a dramática cena em que Jean Grey se sacrifica para impedir a ela mesma. Contudo, o estresse causado pelo fim da história e uma série de discordâncias entre os dois autores terminou por abalar profundamente a parceria que criou os melhores momentos dos X-Men nos quadrinhos.
Fênix Negra é leitura obrigatória de qualquer fã dos mutantes (ou de HQs): perfeita combinação das tramas intricadas e cheias de mudanças de Claremont com a belíssima arte de Byrne, um mestre.
Tudo muito diferente do arremedo de A Saga da Fênix que aparece em X-Men – O Confronto Final, que usa os elementos básicos da trama (quer dizer, apenas o descontrole de Jean Grey perante seus poderes), mas sem nenhum tipo de gravidade, emoção ou profundidade. O fato do filme praticamente não utilizar Ciclope e tentar transferir o drama inteiramente para Wolverine fazem qualquer fã das HQs se contorcer. Um desperdício…
02 – DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO
Por Chris Claremont (texto) e John Byrne(argumento e desenhos), em Uncanny X-Men 141 e 142, de 1981.
Neste clássico arco sobre futuros possíveis, a dupla genial Chris Claremont e John Byrne produz seu derradeiro trabalho. É uma das melhores aventuras dos X-Men em todos os tempos! Na trama, vemos um futuro devastador, na qual os mutantes foram impiedosamente caçados e exterminados pelos Sentinelas e apenas alguns sobreviventes estão em um campo de concentração. Wolverine é o único dos antigos X-Men ainda livre e ajuda seus companheiros em um plano suicida: lançar a consciência de Kitty Pryde ao passado, mudar os eventos e evitar aquela tragédia de ocorrer.
O plano dá certo e a velha Kitty encarna na versão adolescente dela mesma, no momento em que está ingressando nos X-Men. Agora, os X-Men do presente precisam impedir uma nova encarnação da Irmandade de Mutantes, liderada por Mística, de assassinar o Senador Robert Kelly e, com isso, dar início a toda uma cadeia de eventos que resultará no futuro mostrado.
A história se desenvolve em dois planos, mostrando os X-Men do presente e os do futuro. Estes últimos, infelizmente, não se dão tão bem e vemos-nos sendo destruídos pelos Sentinelas, inclusive, Wolverine. Ninguém deu muita importância à época, porém, vemos a morte de Logan!
Nopresente, a história de Kitty Pryde sequer é contestada (Xavier e Wolverine podem aferir que ela diz a verdade ao vir do futuro); mas ainda assim é preciso correr contra o tempo para impedir que Mística e Sina cumpram sua missão. A trama também deixa algumas pontas soltas para o futuro, como a ligação entre Mística eNoturno.
No ponto de vista editorial, além de lançar um tema (viagens no tempo) que voltaria a ser extremamente explorado no futuro; de inspirar o filme O Exterminador do Futuro (que claramente se usa de ideias, cenas e trama desta história); Dias de Um Futuro Esquecido também é o marco final da elogiadíssima fase de Chris Claremont e John Byrne à frente dos X-Men. A dupla que já vinha com as relações estremecidas desde A Saga da Fênix Negra, publicada pouco tempo antes, cedeu à pressão e se desfez. Byrne deixou os X-Men e se tornou uma das maiores estrelasdo mundo dos quadrinhos dos anos 1980, com passagens marcantes em dezenas de personagens; enquanto Claremont permaneceria por mais dez anos à frente das histórias dos mutantes.
Porém, os X-Men nunca mais seriam tão grandesquanto nas mãos de Claremont e Byrne juntos.
Também não custa lembrar que Dias de Um Futuro Esquecido acabou de ser adaptado aos cinemas, em um filme muito interessante e de grande sucesso. Mesmo que utilize apenas os elementos básicos da trama e os adapte à realidade dos X-Men nos cinemas, o filme é bem-sucedido (leia a resenha do HQRock aqui). Também é curioso notar que alguns elementos da trama da HQ foram usados em outros filmes dos mutantes, como o ataque ao Senador Kelly, que está presente em X-Men – O Filme.
03 – DAS CINZAS
Por Chris Claremont (texto), Paul Smith e John Romita Jr.(desenhos), em Uncanny X-Men 170 a 175, de 1983.
Esta história é praticamente uma sequência da Saga da Fênix Negrae também inclui dentro de si o arco Glória Escarlate (Uncanny X-Men 170 a 173) focado em Wolverine. Na trama, enquanto vemos Wolverine voltando ao Japão para finalmente se casar com Mariko Yashida; Scott Summers, o Ciclope, também está afastado da equipe, indo conhecer os avós no Alasca. Na companhia aérea deles, termina conhecendo a piloto Madelyne Pyror, uma garota ruiva muito semelhante a Jean Grey. Tendo em vista sua perda recente, é compreensível que Summers sinta-se atraído por ela. E ela corresponde.

Os X-Men na fase de Claremont e Smith: Vampira, Tempestade, Ciclope, Colossus, Noturno, Ninfa (Kitty Pryde) e Wolverine.
Enquanto Wolverine e os X-Men combatem Víbora (a Madame Hidra) e o Samurai de Prata no Japão; Scott e Madelyne vão se conhecendo e se enamorando. Quando Wolverine é dispensado por Mariko no altar, os X-Men retornam à Mansão X e as duas tramas se chocam. Os X-Men já vinham experimentando situações estranhas – Tempestade viu o pássaro de fogo da Fênixno Japão! – e todos ficam assustados com a semelhança entre Madelyne e a falecida Jean Grey. Para piorar, Madelyne era a única sobrevivente de um acidente aéreo que ocorreu na mesma hora em que a Fênix Negra morreu na Lua.
E qual não é a surpresa dos X-Men ao retornarem para casa e se depararem com um novo ataque da Fênix? Como é possível, se Jean Grey morreu na Lua meses antes?
Uma história fantástica da longa fase de Chris Claremont à frente dos mutantes, marcando ainda o final da temporada desenhada por Paul Smith, e dando passagem a John Romita Jr., que também seria um artista marcante na carreira do grupo.
A trama de Madelyne Pryor, contudo, apenas se inicia neste arco. A trama continuaria a se desenvolver pelos anos seguintes e renderia ainda muitos outros atos, só se encerrando no arco Inferno, em 1988 (veja abaixo).
04 – MASSACRE DE MUTANTES
Por Chris Claremont (texto), John Romita Jr., Rick Leonardi, Alan Davis (arte), em Uncanny X-Men 210 a 213, de 1986. [Prossegue também em X-Factor 09 a 11, por Louise Simonson e Walt Simonson]
Um misterioso grupo de assassinos começa sem aviso uma matança sem tamanho, praticamente eliminando os Morlocks, mutantes deformados que vivem secretamente no subsolo de Nova York. Atendendo a um pedido de socorro – além do fato de Tempestade ser a “líder honorária” dos Morlocks – os X-Men chegam tarde demais para impedir o pior, mas usam todas as suas habilidades para deter os Carrascos que realizaram o ataque e descobrir quem é o misterioso líder do grupo, um novo vilão que irá se tornar fundamental para os títulos mutantes.
Não é uma trama genial, mas uma grande matança que não exclui os membros importantes dos X-Men, como Kitty Pryde, Noturno e Colossus que são seriamente feridos (e o Anjo do X-Factor, também) e chegam a sair da equipe por causa disso. Massacre de Mutantes também teria sérias consequências à cronologia dos X-Men, inclusive, com a introdução do Sr. Sinistro e, não menos importante, a adesão de Dentes de Sabre no cânone de vilões da equipe e, mais ainda, de Wolverine.
As duas batalhes entre Wolverine e Dentes de Sabre (desenhadas por Rick Leonardi e Alan Davis, respectivamente) são dois clássicos da época.
De bônus, o leitor ainda pode ler as boas histórias do X-Factor – um grupo derivado dos X-Men, formado pelos membros originais da equipe (Ciclope, Garota Marvel, Fera, Homem de Gelo e Anjo – que estão vinculados à saga e são muito interessantes. Além disso, a saga Massacre de Mutantes teve efeitos (menores, é claro) em vários outros títulos da Marvel, comoDaredevil (Demolidor), Powerpack(Quarteto Futuro) e até Thor.
05 – DEUS SALVA, O HOMEM MATA (Conflito de uma Raça)
Por Chris Claremont (texto) e Brent Anderson (arte), em Marvel Graphic Novel 05: God Loves Man Kills, de 1982.
Uma das mais belas histórias dos X-Men,O Conflito de uma Raça (como ficou conhecido no Brasil) está meio esquecida nos dias de hoje e foi pouco republicada desde sua edição original, em 1982. Na época, o editor-chefe da Marvel, Jim Shooter, havia encampado uma série de graphhic novels, grandes revistas em formato magazine, com edição mais caprichada, arte especial (muitas das quais pintadas como quadros) e roteiro acima da média. Deus Salva, O Homem Mata foi a contribuição dos X-Men ao pacote.
Escrita pelo mesmo Chris Claremont das revistas mensais, a graphic novel se destaca por trazer um conto mais humano (e menos super-heroístico) e explicitar de maneira quase doméstica o clima de “ódio e temor aos mutantes”, que por vezes era apenas implícito nas revistas. Na trama, o reverendo William Stryker dá início a uma feroz campanha anti-mutante, revestida de religiosidade. Logo descobrimos que Stryker não é nada santo e lidera uma milícia anti-mutante que vem assassinando mutantes, inclusive, crianças.
Isso motiva os X-Men a se aliarem aMagneto para combatê-lo, o que foi crucial para o processo dearrependimento do vilão que, em breve, se tornaria um aliado da equipe. A história, com uma bela arte de Brent Anderson, então, mostra um conflito moral forte e um final surpreendente humano, sendo um dos grande momentos de Claremont em sua longeva passagem pela equipe.
Como se pode notar, parte da trama serviu de base para o filme X-Men 2, que entretanto, transformou William Stryker em um militar, em vez de pastor. O personagem, então, apareceu em X-Men Origens – Wolverine e no novo X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido; estando no cinema intrinsecamente ligado às origens de Logan.
06 – FELIZ NATAL, X-MEN! (Ou Surge a Fênix!)
Por Chris Claremont (texto) e Dave Crockum (arte) em Uncanny X-Men 98 a 101, de 1976.
Embora tenha sido o escritor Len Weinquem criou os Novos X-Men – a segunda encarnação do grupo (com Tempestade, Wolverine, Noturno e Colossus), que liderada por Ciclope, passa a substituir os velhos X-Men dos anos 1960; coube a Chris Claremont desenvolver a equipe e transformá-la nos X-Men que conhecemos hoje. E Feliz Natal, X-Mené o primeiro grande clássico de Claremont à frente dos mutantes.
Na trama, enquanto comemoram o Natal (o primeiro desde que a nova equipe se reuniu), os X-Men são atacados por uma nova geração de Sentinelas. Parte da equipe é sequestrada e levada a umabase espacial, submetida a exames comandados pelo cientista Stephen Lang (mais tarde revelado como um dos membros do ciclo interno do Clube do Inferno). Os membros da equipe que permaneceram na Terra precisam encontrar uma maneira de entrar em órbita, invadir a estação espacial de Lang e ainda trazer seus companheiros com vida.
Uma aventura eletrizante, beneficiada pela arteinteressante de Dave Crockum, que criou a maior parte visual desse novo universo.
Não menos importante é a ressalva de que a maiorconsequênciada trama é a transformação de Jean Grey na Fênix: a moça é bombardeada por raios cósmicos em uma tempestade solar e termina ganhando poderes inimagináveis. Depois de arco, as coisas jamais seriam as mesmas para os X-Men e a grande consequência viria bem mais tarde com A Saga da Fênix Negra.
07 – X-MEN VERSUS VINGADORES: O JULGAMENTO DE MAGNETO
Por Roger Stern e Tom DeFalco (texto) e Marc Silvestri (arte) em X-Men Vs. Avengers 01-04, de 1987.
Em 1986, a Marvel Comics comemorou 25 anos de sua fase “moderna”, ou seja, da criação do Universo Marvel que todos conhecemos. Para celebrar, a editora passou um ano publicando minisséries e edições especiais de seus personagens, a maioria delas reunindo personagens que, normalmente, não tinham interação nenhuma. Apesar de serem os principais grupos de heróis da Marvel, X-Men e Vingadores interagiram pouco ao longo da história, daí que esse encontro foi bastante explosivo na época. E apesar da história ser meio esquecida nos dias de hoje, é um grande conto saído das mãos de Roger Stern, escritor que fez sucesso com Homem-Aranha e Vingadores; mas foi durante algum tempo o editor das revistas dos X-Men, ainda no fim dos anos 1970. Por algum motivo – provavelmente problemas de bastidores editoriais – Stern não assina o último capítulo da mini, que cabe a Tom DeFalco, que na época assumia o posto de Editor-Chefe da Marvel.
O melhor de X-Men Versus Vingadores é que Stern encontrou um motivo justo e verossímil para colocar as duas equipes em choque: o vilãoMagneto. Aqui cabe um parêntese: na época, na revista dos X-Men (escrita então por Chris Claremont) mostrava Magneto se arrependendo de seus crimes do passado e tentando se aproximar de seu velho amigo Charles Xavier. Em Uncanny X-Men 200, de 1986, Magneto aceita ser julgado de seus crimes por uma Corte Internacional, mas o julgamento é interrompido pelo ataque de dois vilões e não se concluí. Esse é o gancho para a minissérie: um novo julgamento.
Por causa de sua nova condição, agora Magneto anda com os X-Men, com todos tentando deixar as mágoas do passado de lado e lutarem por um bem comum. Há um clima de camaradagem na equipe. Mas o mesmo não pode ser dito dos Vingadores, que só conheceram Magneto como o terrível vilão que foi no passado. Os Vingadores decidem ir atrás dos X-Men para Magneto se entregar e ser julgado. Os mutantes estão relutantes em aceitar porque pensam que, com o ódio crescente da humanidade contra os mutantes, o julgamento será um jogo de “cartas marcadas”.
Para piorar, entram em cena os Sovietes Supremos, uma equipe de super-heróis da então União Soviética (atual Rússia), que querem trazer Magneto à julgamento a todo custo, pois um dos maiores crimes do vilão foi ter submergido um submarino soviético cheio de soldados. Stern constrói uma trama interessante e desenvolve bem os personagens, trazendo não apenas os heróis questionando as ações, como também os membros da corte. No centro de tudo, o próprio Magneto, que fica na dúvida entre interferir ou não no julgamento.
O conto tensiona as opiniões da corte, dos jurados, do público, dos Vingadores, dos X-Men, dos Sovietes Supremos e até do próprio Magneto, trazendo uma boa reflexão sobre moral,culpa e arrependimento. Mais um texto ágil de Roger Stern. E também a bela arte de Marc Silvestri que, com este trabalho, abriu as portas para uma temporada importante na revista dos mutantes.
Um pequeno clássico esquecido no tempo.
08 – E DE EXTINÇÃO
Por Grant Morrison (texto) e Frank Quitelly (arte) em New X-Men 114-120, de 2000.
Os X-Men foram um dos maiores sucessos editoriais da história nos anos 1990, mas uma década de excessos gerou frutos e os mutantes começaram os anos 2000 com a moral baixíssima. Para sacudir as coisas, o novo Editor-Chefe da Marvel, Joe Quesada, trouxe o aclamado, louco e polêmico escritor escocês Grant Morrison para comandar uma virada nos X-Men. E foi isso o que ele fez!
Morrison é um radical e trouxe uma enxurrada de mudanças: tirou os uniformes coloridos e os trocou por sombrias roupas de couro; carregou a caracterização dos personagens, deixando Ciclope ainda mais “fodão” e Wolverine ainda mais escroto; trouxe uma tonelada de novos personagens (entre heróis e vilões); contou uma nova Saga da Fênix; e fez a Escola do Professor Xavier para Alunos Superdotados ser isso mesmo, uma escola, com alunos, turmas etc., conceito incrivelmente pouquíssimo explorado nos mais de 30 anos dos X-Men até ali.
Apesar de toda a passagem de Morrison ser célebre, destacamos aqui o primeiro arco, E de Extinção, que monta tudo e traz um dos conceitos mais estranhos de Morrison: a vilã Cassandra Nova, que é revelada como uma irmã gêmea de Charles Xavier que foi abortada e jogada no esgoto, mas sobreviveu assim mesmo (!). Brilhante cientista, ela cria uma nova geração de Sentinelas e põe um grande desafio à equipe.
Foi um passo ousado em uma época ousada da Marvel. Infelizmente, vista à distância, a empreitada foi quase isolada em termos de qualidade quanto às revistas dos X-Men nos anos 2000, na qual a outra exceção seria a fase de Joss Whedon (veja mais abaixo).
09 – ASTONISHING X-MEN
Por Joss Whedon (texto) e John Cassaday (arte) em Astonishing X-Men 01-12, de 2004 e 2005.
Hoje, todos conhecem Joss Whedon como o diretor do filmeOs Vingadores. Mas o criador deBuffy – A Caça Vampiros também escreveu histórias em quadrinhos e o seu melhor trabalho neste campo foi com os X-Men. Após a saída de Grant Morrison dos mutantes, era preciso outro nome de peso para levar as coisas adiantes e a Marvel trouxe Whedon para uma nova revista chamada Astonishing X-Men. A ideia era isso mesmo: criar uma história supreendente da equipe. E ele fez.
Embora a saga tenha 40 capítulos, vale destacar os dois primeiros arcos, Surpreendentes (caps 1 a 6) e Perigoso (caps 7 a 12), que mostram os X-Men em um dos seus melhores momentos: ótima caracterização de personagens (sem excessos), diálogos afiados, tramas interessantes, personagens novos… tudo isso emoldurado na arte incrível e realista de John Cassaday. Algo lindo de se ver: Ciclope como o líder nato da equipe; a melancolia filosófica do Fera; a cabeça esquentada de Wolverine; a sagacidade de Kitty Pryde; as contradições de Emma Frost; atensão entre Ciclope e Wolverine, devido às suas diferenças e, claro, ao amor por Jean Grey (morta no final da fase de Morrison).

Um membro dos Ords enfrenta os X-Men na história escrita por Joss Whedon e com a bala arte de John Cassaday.
A trama mostra o surgimento de uma “cura” para o gene mutante e o impacto que isso causa nos X-Men, além da ameaça de um alienígena chamado Ord que clama uma profeciana qual um mutante da Terra irá destruir seu planeta. Em seguida, descobrimos que Colossus – morto em uma história dos anos 1990 – está vivo e de volta, sendo usado como cobaia para a busca da tal cura. Isso permite Whedon trabalhar com uma das melhores formações dos X-Men em todos os tempos: Ciclope, Wolverine, Emma Frost, Fera, Lince Negra e Colossus.
Ah, e não custa lembrar: o plot com a cura mutante foi usado nos cinemas como a subtrama de X-Men – O Confronto Final.
10 – A SAGA DA TERRA SELVAGEM
Por Roy Thomas (texto) e Neal Adams (arte), em X-Men 56 a 63, de 1968 e 1969.
Após criados em 1963, os X-Men simplesmente não conseguiram emplacar nos quadrinhos. Stan Lee e Jack Kirbynão conseguiram se empolgar suficientemente com aquela criação e não produziram uma grande obra com os mutantes. Assim, entregaram o papel a outros escritores e desenhistas. Foram anos patinando em busca de um tom certo. E apenas em 1968 é que uma equipe criativa acertou mesmo o alvo: o escritor Roy Thomas e o desenhista Neal Adams deram aos X-Men a sua melhor fase nos anos 1960.
O roteiro esperto de Thomas, cheio de referências à época, e a arte dinâmica, fotográfica e belíssima de Adams promoveram um desbunde numa fase curta, mas essencial. A trama coloca os X-Men envoltos em novos personagens – como o irmão de Ciclope, Destrutor, e a belaPolaris – juntamente a uma sequência impressionante de novos vilões: o Monólito Vivo, Sauron e os Metamorfos, culminando numa aventura na Terra Selvagem – um bolsão tropical cheio de dinossauros escondido na Antártida (!) – na qual deparam com o bom e velhoMagneto.
Uma sequência eletrizante de aventuras que demorou a se repetir com os mutantes, pelo menos até a chegada no futuro de Chris Claremont.
11 – SURGEM OS SENTINELAS
Por Stan Lee (texto) e Jack Kirby (arte) em X-Men 14 e 15, de 1965.
Stan Lee e Jack Kirby criaram os X-Men e montaram todo o seu universo básico, mas não conseguiam criar realmente grandes histórias para eles. Estavam ocupados fazendo Thor, Quarteto Fantástico e Vingadores para se preocupar em demasia com aqueles adolescentes estranhos vestindo farda. Ainda assim, produziram uma boa aventura no final de sua temporada à frente dos mutantes: o surgimento dos Sentinelas. Após enfrentarem o Fanático e quase serem derrotados, os X-Men tentam tirar um descanso, mas são surpreendidos pela campanha anti-mutante encampada pelo antropólogo Bolivar Trask, que conceitua que no futuro, os mutantes irão escravizar a humanidade.
Não bastasse o pânico, Trask também apresenta os Sentinelas: robôs programados para identificar e eliminar mutantes. Contudo, os robôs saem do controle e decidem agir por conta própria, obrigando os X-Men a combaterem uma arma criada para destruí-los. É uma boa aventura e foi a última que Lee e Kirby produziram com esses heróis, passando o bastão para outros criadores no número seguinte.
Além disso, a história tem a importância fundamental de ter lançado o conceito dos Sentinelas, que gerou algumas das melhores aventuras da equipe no futuro, como Feliz Natal, X-Men e Dias de Um Futuro Esquecido. Falando nisso, a essência dessa história de Lee e Kirby também é apresentada ao grande público diluída no novo filme dos heróis mutantes, X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido.
12 – GÊNESE MORTAL
Por Jim Lee (argumento e arte) e Chris Claremont (texto), em X-Men 01 a 03, de 1991.
Exatamente no início dos anos 1990, os X-Men se tornam o maior sucesso da Marvel, graças à combinação explosiva dos textos de Chris Claremont e dos desenhos arrojados de Jim Lee, que se tornava um dos artistas mais quentes do mercado. A Marvel que não é besta, decidiu criar uma nova revista dos mutantes, paralela à longeva Uncanny X-Men, justamente para dar mais brilho à estrela de Lee. Assim, no verão de 1991, foi lançada X-Men 01, uma nova revista comandada por Jim Lee, na qual cabia a Chris Claremont o papel apenas de “colaborador”.
A Marvel não estava errada: X-Men 01 vendeu 8 milhões de unidades (!) e é até hoje o recordeabsoluto de revista em quadrinhos mais vendida da história (para se ter uma ideia, um sucesso absurdo hoje em dia vende 200 mil cópias). Contudo, a situação não era nada confortável para Claremont, que estava acostumado a comandar os X-Men há 16 anos (desde 1975!). A perda de poder e controle sobre “seus” personagens terminou por ocasionar a saída do escritor – após finalizar X-Men 03, justamente o fim do arco aqui apresentado – e sua substituição por outros, como John Byrne, Scott Lobdell e Fabian Nicieza.
Apesar da turbulência editorial,Gênese Mortal, a última história produzida pela dupla Claremont e Lee é uma grande obra. Poucas vezes o desenho de Lee foi melhor do que nessa obra (ele livrou-se de vários compromissos para ter mais tempo para fazê-la) e o roteiro traz uma trama interessante: o retorno de Magneto ao lado dos vilões, depois de um período relativamente longo do lado dos mocinhos. Mas a história consegue isso sem grandes maniqueísmos.
Na trama, cansado do clima anti-mutante cada vez pior e achando os X-Men muito permissivos em sua atuação, Magneto é seduzido pelo surgimento de um grupo poderoso de mutantes terroristas chamadosAcólitos, que clamam para que o mestre do magnetismo os lidere. Isso tensiona as relações entre os então aliados, mas Magneto termina reunindo-se aos Acólitos e reconstruindo o Asteroide M, uma base espacial que usara no passado, pensando em destiná-la como abrigo para qualquer mutante que queira deixar a vida de perseguições na Terra.
Ao mesmo tempo, o líder dos Acólitos manipula os bastidores para tornar Magneto um ídolo (matando-o) e tomar-lhe o poder; enquanto as tensões levam a brigas e o rancor emerge descontrolado: numa briga Wolverine quase mata Magneto com suas garras, criando umaruptura definitiva entre os dois.
Gênese Mortal também apresentou a divisão dos X-Men em duas equipes táticas, divididas a partir das revistas: a equipe azul (de X-Men), com Ciclope, Wolverine, Gambit, Fera, Vampira, Psylocke e Jubileu; e a equipe dourada (de Uncanny X-Men), com Tempestade, Jean Grey, Colossus, Homem de Gelo e Arcanjo.
Apesar do sucesso inominável, em médio prazo a Marvel perdeu. Claremont saiu da editora (e nunca mais produziu um trabalho relevante, diga-se de passagem; nem mesmo quando retornou aos X-Men nove anos depois) e Jim Lee não permaneceu muito tempo à frente dos X-Men, já que insatisfeito com as políticas trabalhistas e de direitos autorais com a empresa, terminou pedindo demissão e (juntamente com outros grandes desenhistas, como Todd McFarlane, Rob Liefeld e Erik Larsen) fundou a Image Comics, que se tornou uma das maiores editoras de quadrinhos daquela década.
13 – INFERNO
Por Chris Claremont (texto) e Marc Silvestri (arte) em Uncanny X-Men 240 a 242, em 1988.

Capa de “Uncanny X-Men 242″ com o primeiro encontro entre os X-Men e o X-Factor, na arte sombria de Marc Silvestri.
Logo no início da era dos crossovers da Marvel, no fim dos anos 1980, os X-Men passaram a ter suas histórias guiadas por grandes sagas interconectadas a várias revistas. Inferno foi uma dessas tramas, que se pautavam mais porgrandes acontecimentosdo que realmente por grandes histórias. O grande trunfo da saga foi oprimeiro encontro entre a equipe oficial dos X-Men (Tempestade, Wolverine, Colossus, Vampira, Psylocke, Destrutor, Cristal, Longshot) e os dissidentes do X-Factor(efetivamente, os membros originais da equipe: Ciclope, Jean Grey, Fera, Arcanjo e Homem de Gelo).
A trama é confusa e fantasiosa: Madelyne Pryor(a ex-esposa de Ciclope e, na época, já revelada como um clone de Jean Grey produzida pelo vilãoSr. Sinistro) faz um pacto com um demôniointradimensional e se torna a Rainha dos Duendes. Com isso, em troca, facilita a invasão de uma horda de demônios a Nova York em busca de crianças para serem sacrificadas e aumentarem seus poderes. O trunfo maior seria sacrificar o seu próprio filho, Nathan Christopher. Enquanto os X-Men tem Madelyne como aliada e não sabem de seus planos malignos, o X-Factor sabe de tudo e tenta impedi-la. Claro que o pano de fundo para um conflito eminente entre as duas equipes está montado.
Os mutantes estão cheios de ressentimentos: os X-Men pensam que os X-Factor são traidores da raça mutante (por causa da difamação anterior de outro vilão), e não conseguem entender porque, após aressurreição de Jean Grey, Ciclope e os outros se isolaram; os membros originais, por sua vez, não conseguem entender porque seus velhos companheiros se aliaram a Magneto, porque fingiam estar mortos(desde uma saga anterior, A Queda dos Mutantes) e tinham atitudes tão agressivas e sombrias. (Para se ter uma ideia, após reencontrar Jean Grey pela primeira vez após sua “morte”, Wolverine (que sempre foi apaixonado por ela) dá-lhe um beijo à força e, depois, fica tirando sarro disso. Um comportamento totalmente canalha não digo dos heróis que os X-Men eram ou foram.
O melhor mesmo da saga é o confronto entre as equipes e, claro, como é padrão na Marvel, a união final para combater os inimigos comuns: a Rainha dos Duendes e o Sr. Sinistro. O resto da saga não tem tanta graça. Mas Claremont e Silvestri conseguiram captar as diferenças entre as equipes e retratá-las diferentemente, dando motivos críveis para o conflito.
14 -VINGADORES VERSUS X-MEN
Por Brian Michael Bendis (texto) e John Romita Jr. (arte), em AvX 01 a 12, de 2012 e 2013.
Às vezes, reciclar ideias do passadodá certo. E é isso o que a Marvel vem fazendo nos últimos anos à profusão. Pegar temas ou tramas do passado e lhes dar uma nova cara no século XXI. O escritor Brian Michael Bendis, por exemplo, é o “mestre” dessa tática, que o levou a ter oito anos consecutivos de sucesso de vendas nas revistas dos Vingadores, transformando-os na maior franquia da editora. Estabelecida esta, a Marvel decidiu levar Bendias pararesgatar do buraco a franquia dos X-Men que, desde o início do novo século, penam para manter o velho status e, cada vez mais, têm histórias ruins e desinteressantes, além da inevitável queda nas vendas. A transição de Bendis para os X-Men se deu nessa grande saga, que ocupou boa parte dos anos de 2012 e 2013 para se desenrolar e bebe na fonte de outras sagas do passado, inclusive em outra desta lista.
A trama geral é boa: Os Vingadoresdescobrem que a Força Fênix – aquela que dominou Jean Grey no passado – está voltando à Terra e se preparam com toda a força para impedi-la. Contudo, no lado dos X-Men, Ciclope enxerga esta vinda como uma “oportunidade”, já que poderia usar Esperança Summers como hospedeira, controlá-la e transformar totalmente a vida mutante na Terra.
Para entender mais a trama, é preciso estar por dentro das grandes transformações pelas quais passaram os X-Men nos anos 2000: a ação explosiva dos poderes descontrolados daFeiticeira Escarlate (em Dinastia M) eliminaram o fator X do DNA humano, de modo que a população de mutantes no planeta se reduziu de bilhões para poucos milhares; com isso a raça mutante ficou mais vulnerável e o líder Ciclopecomeça a ter uma postura mais dura em suas ações; na sagaO Segundo Advento nasce uma menina ruiva chamadaEsperança (Hope, no original), a primeira mutante depois daqueles eventos, o que a transformou em um tipo demessias; depois de muitas idas e vindas, os X-Men conseguem abrigar Esperança – agora uma adolescente, porque passou alguns anos no futuro com Cable – e ela passa a ser uma protegida pessoal de Ciclope; na saga Cisma asações radicais de Ciclope causam um racha nos X-Men, com Wolverine criando uma facção dissidente menos militarizada e passando a existir, então, dois lados da causa mutante edois grupos distintos (e rivais) de X-Men. (Saiba mais da cronologia dos X-Men clicando aqui).
Chegamos então em AvX. Enquanto membros dos Vingadores (que incluem Wolverinetambém) saem em batalhas monumentais contra outros dos X-Men (a Marvel chegou a criar minisséries paralelas só para mostrar essas batalhas em detalhes, com mais porrada do que esta trama principal), vemos a Força Fênix avançar e terminar por dominar Ciclope e seu grupo. Como resultado, são todos transformados em poderosos vilões que precisam de esforços monumentais dos Vingadores para detê-los. Uma das principais consequências é que o professor Charles Xavier é morto por Ciclope dominado pela Fênix.
No fim, os Vingadores vencem, a Força Fênix é banida e – apesar de não ter sido o responsável por seus atos – Ciclope é preso como um criminoso e terrorista, abrindo o caminho para toda uma nova fase na vida dos X-Men dentro da iniciativa Marvel Now.
Enquanto obra, AvX é uma boa história, repleta de discursos e longos diálogos – como é o estilo de Bendis – e a arte magnífica de John Romita Jr., um veterano dos X-Men. Grandes painéis e batalhas também engrandecem o título, mesmo que não se compare aos velhos clássicos mutantes.
15 – A ERA DE APOCALIPSE
Por Scott Lobdell, Fabian Nicieza, Mark Waid, Larry Hama, Howard Mackie, Warren Ellis e outros (textos); Roger Cruz, Steve Epting, Joe Madureira, Andy Kubert, Adam Kubert, Joe Bennett e outros (arte), em mais de uma dezena de revistas e minisséries ao longo dos anos de 1995 e 1996, dentre as quais, X-Men: Alpha, Astonishing X-Men, Generation Next, X-Man, X-Calibre, Amazing X-Men e outras.
Os anos 1990 foram marcados por uma longa sequência de “megaeventos“: histórias “bombásticas” que se desenvolviam ao longo de literalmente dezenas de revistas e meses, obrigando (e irritando) os leitores a ler muito mais do que queriam para um resultado raramente satisfatório. No fim, se percebia que algumas histórias poderiam até ser boas se fossem mais concisas, mas terminavam estragadas por seremesticadas para a Marvel lucrar mais. Dentre os arcos dessa fase o mais famoso de todos é A Era de Apocalipse.
Em termos restritos, é a fama quem segura a saga, mais do que sua qualidade implícita. É um bom conceito, mas sofre pelo excesso de diluição em revistas com times criadores diferentes. Contudo, a saga encerra esta lista das melhores histórias dos X-Men por sua fama e importância. Foi um grande marco nos meados dos anos 1990 e um sucesso lembrado por leitores até hoje. Também seu lançamento coincidiu com o auge do sucesso dos mutantes na TV, com seu famoso desenho animado, de modo que foi a história “no momento certo”. E não custa lembrar: vai influenciar (provavelmente, bem de leve) o próximo filme da franquia mutante na 20th Century Fox, X-Men – Apocalipse, previsto para chegar aos cinemas em 2016.
A trama geral é interessante: Legião, o poderoso e louco filho de Charles Xavier, viaja ao passado para matar Magneto, pensando em mudar para melhor a realidade mutante; contudo, o plano dá errado e quem termina morrendo, no passado, é o próprio Xavier. Com isso, não há a fundação dos X-Men. Sem os X-Men, não há ninguém para impedir a ascensão do vilãoApocalipse (que o grupo já tinha enfrentado algumas vezes), dando início ao que se chama deEra de Apocalipse, quando o vilão domina o mundo inteiro.
O que mais cativou os fãs foram as novas versões dos personagens que compõem esta realidade alterada, já que sem a existência de Xavier, todos tomam rumos muito diferentes:Magneto lidera um grupo de mutantes contra Apocalipse, naquilo que é o mais próximo dos X-Men dessa realidade; Wolverine e Jean Grey formam um casal infernal de terroristas “do bem”; e alguns dos mutantes mais famosos se transformam em vilões, como Ciclope (que é um dos braços direitos de Apocalipse, embora no fim da saga se vire para o lado dos “mocinhos”) e o Fera (Negro) é um cientista absolutamente maligno e amoral. Também ocorreu o contrário: o vilão Dentes de Sabre, por exemplo, é um herói nessa realidade. E há um personagem novo importante: Nate Grey, criado em laboratório a partir da combinação do DNA de Ciclope com o de Jean Grey, nascendo o mutante mais poderoso do mundo.
No fim das contas, os X-Men encontram uma maneira de reinstalar a “nossa” realidadetradicional, mas o sucesso dessa saga foi tão grande que vários personagens do “lado de lá” também migraram para as revistas dos X-Men depois, como o vilão Fera Negro e Nate Grey, oX-Man, que até ganhou uma revista solo. A Marvel também continuou publicando histórias baseadas na realidade de A Era de Apocalipse nos anos seguintes.
***
Além dessa lista restritas das 15 melhores histórias dos X-Men, podemos adicionar alguns bônus merecedores de destaques pontuais. Vamos a eles…
Bônus:
ATRAÇÃO FATAL
Por Scott Lobdell, Fabian Nicieza e Larry Hama(texto) e Andy Kubert e Adam Kubert (arte). Originalmente publicada em Uncanny X-Men 304, X-Men (vol 2) 25 e Wolverine 75, de 1993.
Em termos de história em si, Atração Fatal não é nenhuma obra-prima da 9ª arte. Contudo, talvez por ter sido produzido ainda na aurora dos grandes crossovers da Marvel, no início dos anos 1990, ainda traz algumas coisas interessantes. O motivo desta história estar aqui é mais quanto ao impacto cronológico que teve. Magneto, ex-arquiinimigo e ex-aliado dos X-Men, volta à tona com fúria total (após os eventos de Gênese Mortal), ressentido do tratamento que teve por seus ex-colegas mutantes. Realizando um grande ataque ao planeta Terra por meio de um pulso eletromagnético, o vilão é confrontado violentamente por seu ex-amigo Charles Xavier, que não vê outra escolha senão simplesmente destruir a mente de Magneto. Antes disso, porém, Magneto quer se vingar de Wolverine por quase tê-lo matá-lo na ocasião anterior em que lutaram (em X-Men 02, de 1991) e, por isso, simplesmente arranca todo o adamantium dos ossos do herói. O processo quase mata Wolverine, que precisa aprender a viver sem o metal que o tornava praticamente indestrutível. Contudo, Logan termina descobrindo que suasgarras permanecem, agora, feitas de osso, desfazendo a crença generalizada de que havia sido o Projeto Arma X quem havia implantado as garras nele. Não, as garras sempre estiveram lá.
Não é uma grande história, mas pelo menos traz algo de novo e algo ligeiramente ousado. Também vale pela arte dos irmãos Kubert, aqui no auge de sua popularidade.
O POVO DO AMANHÃ
Por Mark Millar (texto), Andy e Adam Kubert (arte), emThe Ultimate X-Men 01 a 06, de 2000 e 2001.
No início do século XXI, sob o comando do Editor-Chefe Joe Quesada, a Marvel decidiu arriscar criando um novo universo ficcional para seus personagens, com versões mais “modernas” e “maduras” dos heróis mais famosos, oUniverso Ultimate. Homem-Aranha foi o primeiro. E os X-Men vieram em seguida. Aos mutantes, coube a liderança do escritor Mark Millar, que ficaria bastante famoso com as histórias dos Vingadores Ultimates. Com sua abordagem radical e ousada, Millar cativou os leitores e a crítica, mostrando uma equipe jovem de X-Men (com Ciclope, Jean Grey e Tempestade) entrando em guerra com aIrmandade de Mutantes de Magneto. Todos os personagens ganham versões radicais, principalmente, Wolverine, mais durão, mortal e dúbio do que nunca.
Apesar de ter começado em alta, os X-Men Ultimateterminou não emplacando de verdade, embora ainda tivessem algumas boas histórias isoladas. Tendo em vista a abordagem, merecem um lugar neste bônus.
Bônus Wolverine
Logan se tornou o x-man mais popular dentre todos. Por isso, seu nome, hoje, é sinônimo de X-Men. O HQRock já tem uma lista das melhores aventuras de Wolverine (leia aqui), mas destacamos uma delas para integrar esta lista.
CÓDIGO DE HONRA
Por Chris Claremont (texto) e Frank Miller (arte). Originalmente publicada emWolverine (minissérie) 01 a 04, de 1982.

Também chamada de “A Saga do Japão” ou “Dívida de Honra”, “Eu, Wolverine” é a melhor das histórias da personagem.
Melhor das histórias de Wolverine, esta trama também conhecida como A Saga do Japão ou simplesmente Eu, Wolverine, é um deleite ao leitor. A trama bem bolada de Claremont e a arte cinematográfica de ângulos inovadores de Miller transformam a aventura em adrenalina pura. Unindo os esforços de Claremont (que produziu as histórias dos X-Men por 16 anos!) e Miller (um escritor/desenhista que estourou na revista do Demolidor um pouco tempo antes e, logo, seria o responsável por grandes clássicos das HQs, comoDemolidor: A Saga de Elektra, Demolidor: A Queda de Murdock, Batman: O Cavaleiro das Trevas e Batman: Ano Um), cada um fazendo o seu melhor.
Na minissérie também conhecida como Dívida de Honra, Logan vai ao Japão em busca de se casar com Mariko Yashida, uma jovem japonesa que conhecera em uma aventura anterior com os X-Men. Mas lá descobre que o pai dela, Lorde Shingen, é o maior chefe do crime japonês e líder do Tentáculo (uma seita de ninjas que Miller criara nas histórias do Demolidor). Assim, Logan precisa se mostrar digno do coração de Mariko, mas ao mesmo tempo confrontar o terrível submundo do crime comandado por seu possível sogro.
Um grande clássico dos quadrinhos e a melhor história de Wolverine em todos os tempos.
Bônus X-Factor
De todas as (literalmente) incontáveis equipes derivadas dos X-Men, apenas uma realmente atingiu um status ligeiramente similar à equipe original: o X-Factor. O primeiro X-Factor, aquele formado pelos membros originais dos X-Men: Ciclope, Garota Marvel, Homem de Gelo, Fera e Anjo. Essa fase, que durou entre 1986 e 1991, rendeu histórias maravilhosas, que poderiam mesmo compor as Melhores Histórias dos X-Men apesar de, oficialmente, não serem àquela equipe, mas outra, derivada.
Enfim, segue-se uma mini lista de histórias sensacionais dos X-Factor originais:
FANTASMAS
Por Louise Simonson (texto) e Walt Simonson(arte) em X-Factor 13 e 14, de 1987.
Antes um preâmbulo: A criação do X-Factor tem ares de golpe publicitário, com a Marvel criando uma pequena história que explica como Jean Grey pode estar viva no fundo da Baía da Jamaica, em Nova York, num casulo de contenção. A trama mostra – por meio dosVingadores (com Roger Stern) e o Quarteto Fantástico (John Byrne) que a Fênix, na verdade, não era Jean Grey, mas uma entidade autônoma que se apossou das memórias e da forma da mutante para se fazer viva. Assim, quem morreu na Lua foi a Fênix, enquanto a Jean Grey verdadeira estava presa em um casulo curando-a de seus ferimentos. Com Jean Grey viva, os X-Men originais se reúnem. Contudo, as primeiras histórias do X-Factor – escritas por Bob Layton (histórico roteirista do Homem de Ferro) e desenhada por Jackson Guice (mais famoso por seu trabalho no Superman da DC) – careciam de personalidade e a revista sem função. Isso mudou com a chegada da escritora Louise Simonson, ex-editora das revistas mutantes.
Chegamos então a este pequeno arco que é uma verdadeira joia escondida. Em consequência ao Massacre de Mutantes (leia acima), o X-Factor está destroçado, com Fera e Anjo bastante feridos. O grupo também está quebrado por dentro: Jean Grey e Ciclope foram namorados no passado, mas agora ele está casado com Madelyne Pryor e tem um filho bebê, Nathan Christopher Summers. E para piorar, o Anjo está apaixonado por Jean. Arrasado com tudo o que está acontecendo a sua volta, Scott Summers, o Ciclope, decide se afastar um pouco do grupo e voltar ao Alasca para reencontrar sua esposa e filho. Contudo, o ex-líder dos X-Men está em meio a um surto de estresse pós-traumático, sofrendo de alucinações que lhe obrigam a repensar suas atitudes recentes e seu próprio caráter.
E para piorar tudo, o velho Molde Mestre, o robô matriz dos Sentinelas usado por Stephen Lang no passado (veja Feliz Natal, X-Men, acima) caí na Terra e sai em seu encalço. Sozinho, Ciclope precisa lidar com seus fantasmas, fugir da polícia e ainda confrontar o poderosíssimo Molde Mestre.
E uma curiosidade: nesta história é citada pela primeira vez o “grupo dos 12“, implicitamente a reunião de poderosos mutantes, um elemento que seria bastante explorado no futuro.
Um conto marcante produzido pelo casal Simonson, com a arte ágil e exuberante de Walt e o texto preciso de Louise mergulhando na psiquê do líder dos X-Men. Uma daquelas histórias que não é bombástica (e por isso não tão famosa), mas uma grata surpresa ao leitor. Um pequeno clássico dos anos 1980, escondido em meio às grandes sagas.
OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE
Por Louise Simonson (texto) e Walt Simonson(arte) em X-Factor 17 a 26, de 1987 e 1988.
Interligado ao evento maior chamado de A Queda dos Mutantes, esta é a maior de todas as aventuras do X-Factor original. Em consequência dos ferimentos do Massacre de Mutantes, o Anjo tem suas asas amputadas e, aparentemente, comete o suicídio. Mas logo fica claro que ele é resgatado pelo vilãoApocalipse, que o transforma em Morte, um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, junto aFome, Guerra e Pestilência. Os membros restantes do X-Factor (Ciclope, Jean Grey, Fera e Homem de Gelo) precisam não somente confrontar um novo vilão terrível, como também lidar com o fato de seu ex-membro Anjo ser agora um mortífero vilão com asas metálicas que lançam lâminas cortantes e paralisantes.
É uma grande história que mostra ainda outros focos de traição: Cameron Hodge, o homem por trás do X-Factor como instituição (que secretamente ajudava mutantes a usar seus poderes) mostra-se um perigoso criminoso líder da organização conhecida como Direita, determinada a exterminar os mutantes.
Uma outra história surpreendente do casal Simonson.
FIM DE JOGO/ SACRIFÍCIO AMARGO
Por Jim Lee e Chris Claremont (texto) e Whilce Portatio (desenhos) em X-Factor 65 a 68, 1991.
A guerra do X-Factor com o vilão Apocalipseencontra seu capítulo final nesta grande aventura, que criou um dos episódios mais dramáticos da vida de Ciclope. Enquanto enfrentam as forças do vilão, o filho daquele, o bebê Nathan Summers, é infectado por um vírus tecnorgânico (que transforma tecidos vivos em circuitos e metais e leva à morte do usuário). A luta é interrompida pela chegada de Askani, uma entidade vinda do futuroque diz poder salvar a vida do bebê em seu tempo, mas não tem como trazê-lo de volta. Assim, Scott Summers tem que confrontar o duro desafio dedeixar seu filho morrer ou entregá-lo a um desconhecido com uma mínima possibilidade de salvá-lo.
Este drama marca o último capítulo do X-Factor original, cujos os membros em seguida seriamreabsorvidos pelos X-Men (o que ocorre em Gênese Mortal, leia acima) e o X-Factor se tornaria umanova equipe, com nova finalidade. A história também permite as bases explicativas que possibilitaram ser contatadas as origens do herói Cable.
Bônus Ocasionais:
Em um universo tão vasto de personagens (o universo mutante chega a “concorrer” com o próprio universo Marvel em termos de personagens e complexidade) várias e várias edições ou séries extras surgem de tempos em tempos e algumas merecem destaque. Vejamos algumas a seguir!
CABLE: SANGUE E METAL
Por Fabian Nicieza (texto) e John Romita Jr. (arte) em Cable: Blood and Metal 01 e 02, de 1992.
Surgido nas aventuras dos Novos Mutantes, o misterioso (e polêmico) Cable se tornou rapidamente um dos personagens mais queridos dos fãs dos X-Men nos anos 1990. Logo, com sua liderança, aquele time de mutantes adolescentes se tornou a X-Force e seu líder também ganhou aventuras solo. Esta minissérie em duas edições foi a primeira iniciativa do tipo, mostrando um pouco do passado do personagem que veio do futuro. A trama de Sangue e Metal mostra eventos do passado não tão distante, quando Cable chega ao nosso presente e se alia a um grupo paramilitar para impedir uma série de ameaças.
A trama corre à margem das revistas e do universo dos X-Men, embora apresente uma série de personagens que já haviam aparecido na revista da X-Force, agora, explicando quem eles eram. Mas talvez por isso mesmo, é uma trama interessante que funciona de modo independente do confuso universo mutante. Também sempre é válida a arte magnífica de John Romita Jr., aqui bastante livre por lidar com personagens fora do “primeiro escalão”, o que rende ótimos momentos.
A maior parte do mistério permanece e somente alguns anos mais tarde, em outra saga, é que seria revelado que Cable era na verdade Nathan Summers (isso mesmo, o filho de Ciclope enviado ao futuro), agora adulto.
AS AVENTURAS DE CICLOPE E FÊNIX
Por Scott Lobdell (texto) e Gene Ha (arte), em The Adventures of Cyclops and Phoenix 01 a 05, de 1994.
Um vez que a saga A Canção do Carrasco revelou (finalmente) que Cable era o bebê Natham Summers crescido, a Marvel produziu esta minissérie para preencher alguns “buracos” de suacronologia a acrescentar um elemento improvável.
Na trama, logo após terem se casado, Scott Summers e Jean Grey são lançados ao futuro e terminam, surpreendentemente, tornando-se responsáveis pela criação do jovem Nathan Summers, o próprio filho de Ciclope. Assumindo os codinomes de Magrão e Ruiva (seus apelidos de adolescência), o casal passa 13 anos (!) no futuro criando o futuro Cable até a adolescência e tendo que confrontar também a versão futura de Apocalipse.
Apesar do nó na cabeça de ser uma trama de viagens no tempo, As Aventuras… tem algunsbons momentos e uma arte arrebatadora. A minissérie ganhou até uma sequência no ano seguinte.
***
Claro, uma listas dessas poderia continuar a se estender – mesmo nos bônus – mas vamos ficar por aqui. Mesmo não se pretendendo definitiva, a lista do HQRock contempla algumas das mais famosas sagas do grupo mutante e dá ao leitor um guia interessantíssimo de histórias a procurar. E fique ligado: a editora Panini Comics, que edita no Brasil o material original da Marvel, vem nos últimos tempos publicando sistematicamente algumas dessas grandes histórias. Procure nas livrarias as novas edições nacionais de Massacre de Mutantes, A Queda dos Mutantes, Gênese Mortal, A Era de Apocalipse e até Atração Fatal.
Boa caçada e boa leitura!
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
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Na categoria Desenhistas, Dossiês de Personagens, Escritores, Jack Kirby, Marvel Comics, Os Melhores,Revistas, Stan Lee, Wolverine, X-Men
X-Men – Apocalipse: Bryan Singer como diretor, presença de Wolverine e alguns detalhes da trama são confirmados
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Essas notícias não são exatamente grandes novidades, mas pelo menos são agora confirmadas: X-Men – Apocalipse, sequência de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, terceiro filme da série que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox, será mesmo dirigido porBryan Singer, Wolverine estrelará o longametragem e mais alguns detalhes emergiram hoje em um conjunto de informações relatados por importantes sites, como Deadline Hollywood e Variety.
Embora todos esperassem que Bryan Singer fosse o diretor do terceiro filme da nova fase da franquia dos mutantes, sua presença no comando do barco não era 100% por causa da séria acusação que repousava sobre o cineasta na Corte do Havaí. Agora que o processo foi arquivado – leia mais aqui – Singer pode seguir em frente como o principal líder dos filmes dos X-Men.
Outro ponto que estava obscuro era a presença de Wolverine. Num sentido lógico, se Apocalipse seguisse a linha temporal da primeira Trilogia dos X-Men, Wolverine não deveria participardo filme, já que só entraria para a equipe bem mais tarde. Porém, comoDias de Um Futuro Esquecido alteroutoda a linha temporal da franquia, lá vamos ter Logan na frente dos créditos de novo.
Com o sucesso de Dias de Um Futuro Esquecido e repleto de personagens e atores estrelares tarimbados no próximo filme, podia bem ser o momento em que a Fox poderia consolidar seu universo mutante para além de Wolverine. Mas quem disse que os executivos de Hollywood são afeitos a riscos? Lá vem Logan de novo. Mais uma vez. E depois, tem outro filme solo do mutante canadense. Mais uma vez.
Por fim, as notícias também dão conta da presença de versões jovens deCiclope, Jean Grey e Tempestade,além de “outros” não revelados. Como o próprio Singer já disse em entrevistas, um dos objetivos de Apocalipse é mostrar a formação dos X-Men tal qual os conhecemos. Ou seja, veremos Charles Xavier e o Fera reunir Ciclope, Jean Grey e Tempestade. Como Wolverine irá se encaixarnisso é o que ninguém sabe ainda. Dentre os candidatos a “outros” na equação o mais cotado é que Gambit também apareça, vivido pelo atorChaning Tatum.
Gambit pode aparecer em Apocalipse ou ganhar um filme solo. Ou ambos. Veremos.
Por fim, o Deadline revelou uma primeira sinopse do filme, que reúne todas essas informações:
Apocalipse se passa um década depois [1983] de Dias de Um Futuro Esquecido e mostra o próximo passo da história. Aalteração do tempo libertou um novo e único inimigo poderoso. Charles (James McAvoy), Erik/ Magneto (Michael Fassbender), Raven/ Mística (Jennifer Lawrence), Wolverine (Hugh Jackman) e Hank/ Fera (Nicholas Hoult) serão unidos aosjovens Ciclope, Tempestade, Jean e outros quando os X-Men irão lutar contra o mais formidável inimigo já enfrentado: uma força ancestral irrefreável determinada a causar um apocalipse como nenhum outro na história da humanidade.
Além das informações já relatadas, a interessante sinopse revela que a ascensão do vilão Apocalipse em 1983 tem haver com a alteração do tempo ocorrida em Dias de Um Futuro Esquecido, o que faz sentido, tendo em vista que o próprio vilão é sempre relacionado a viagens no tempo nas HQs originais.
X-Men – Apocalypse terá história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (de X-Men 2 e Superman – O Retorno); e será dirigido por Bryan Singer. O filme será uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e trará de volta de James McAvoy (Charles Xavier), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Peter Maximoff/ Mercúrio). O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
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Etiquetas: bryan singer, Wolverine
X-Men – Apocalipse se passará em 1983
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Simon Kinberg, o roteirista de X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, sequência de X-Men – Primeira Classe, que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox, revelou em um podcast na internet que a sequência deste filme, o já confirmado X-Men – Apocalipse, se passará em 1983, portanto, dez anos após Dias de Um Futuro Esquecido.
Seguindo os planos definidos por Bryan Singer, cada filme da nova trilogia dos X-Men está baseado em uma década:1962 para X-Men – Primeira Classe;1973 para Dias de um Futuro Esquecido; e 1983 para Apocalipse.
Apocalipse tratará, segundo declarações anteriores de Kinberg e Singer, da formação da equipe de X-Men mostrada na primeira trilogia do cinema. Ou seja, veremos as versões (não mais tão jovens) de James McAvoy e Michael Fassbender para Charles Xavier e Erik Lehnsherr (o Magneto) reunindo Ciclope, Jean Grey, Tempestade, mais alguns outros como Fera, Mercúrio e talvez Gambit. É muito provável queWolverine termine aparecendo também.
Por conta dessa localização temporal, teremos um novo elenco para interpretar Ciclope, Jean Grey e Tempestade, que foram vividos porJames Marsden, Framke Janssen e Halle Berry na Trilogia dos X-Men.
Wolverine não deveria aparecer no filme, pois não estaria vinculado aos X-Men naquele período de tempo segundo a cronologia construída na Trilogia dos X-Men. Contudo, Dias de um Futuro Esquecidoparece ter mudado tudo isso. O que reforça o caráter de reboot que tem este filme para a franquia mutante da Fox.
Apocalipse trará, ainda, o vilão homônimo, introduzindo a perspectiva de mutantes agindo desde a Antiguidade e as consequências disso para a história humana.
Nos quadrinhos, Apocalypse é um dos principais vilões dos X-Men. Criado pelo casal Louise Simonson (texto) e Walter Simonson (desenhos) na revista X-Factor 06, de 1986, que trazia aventuras de uma equipe derivada dos X-Men, formada por seus membros originais – Ciclope, Jean Grey (Garota Marvel), Fera, Homem de Gelo e Anjo – o vilão se transformou em uma figura central do Universo Mutante da Marvel nos anos 1990.
Sua história de origem o coloca como o primeiro mutante a surgir na Terra, nascendo há mais de 5 mil anos, no Egito, com o nome de En Sabah Nur. Imortal, viveu através das eras acumulando cada vez mais poder. Esse detalhe o transformou numa referência nodal para as várias histórias dos X-Men que envolvem o futuro. O arco de histórias mais famoso do vilão é justamente A Era de Apocalipse, de 1996, que mostra uma Terra paralela na qual a morte precoce de Charles Xavier resulta na não-existência dos X-Men e a ascensão de Apocalypse como dominador mundial.
Leia a Resenha do HQRock sobre Dias de Um Futuro Esquecido clicando aqui.
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X-Men – Apocalypse terá história de Bryan Singer e Simon Kinberg (de X-Men – O Confronto Final); com roteiro de Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty(de X-Men 2 e Superman – O Retorno); e provavelmente será dirigido por Bryan Singer. O filme será uma sequência de Dias de Um Futuro Esquecido e trará de volta de James McAvoy (Charles Xavier), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Evans Peters (Mercúrio). É bem possível que Hugh Jackman (Wolverine) também participe. O lançamento será 27 de maio de 2016.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.
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Resenha de X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido
Posted by hqrock - Irapuan Peixoto
Estreia hoje no Brasil X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, sequência de X-Men – Primeira Classe, que mostra as origens do supergrupo de heróis mutantes da Marvel Comics levado aos cinemas pela 20th Century Fox. E os fãs vão aos cinemas com um pé atrás: apesar de ter acertado a mão em X-Men – Primeira Classe e Wolverine – Imortal, a franquia da Fox já cometeu erros demais em seus 14 anos e os problemas de adaptação de personagens, ausências de uniformes e descaracterização de personagens. Dias de um Futuro Esquecido muda tudo isso? A resposta é: sim. E não!
Em primeiro lugar, vamos ao “não”. Dias de Um Futuro Esquecido mantém oscacoetes da série: pela primeira vez na franquia há uniformes de verdade para os heróis, mas isso só acontece no futuro, presumivelmente, no ano de2023. Além disso, o filme não pode se furtar de manter o que foi feito lá atrás, mantendo algumas questões queirritam os fãs que leram as histórias dos X-Men nos quadrinhos: Wolverine é sempre o centro de tudo. As consequências do que foi feito antes também têm que ser mantidas, o que exclui personagens como Ciclope e Jean Grey das cenas do futuro, por exemplo. Tempestade – que nos quadrinhos já foi a líder da equipe, substituindo Ciclope – continua como uma figurasecundária, apagada e quase sem propósito.
Mas o pior nem é isso. É como a Fox é incapaz de lidar com seus próprios atos. Charles Xavier morreu em X-Men – O Confronto Final, de 2007, fecho da trilogia inicial dos mutantes. Ela foi mostrado vivo de novo na cena pós-créditos deWolverine – Imortal. Sim, mas como? Como Xavier sobreviveu? Talvez, o diretor Bryan Singer saiba…
(Parentese: uma das cenas pós-créditos de O Confronto Final mostrava Xavier “vivo”, despertando sua consciência no corpo de um homem que teve morte cerebral. Certo. Mas é outro corpo. Porque ele continua sendo o mesmo Xavier de antes? Simon Kinberg sabe… [ele é roteirista dos dois filmes]).
Wolverine perdeu suas garras de adamantium emImortal. Em 2023 ele aparece de novo com as garras. Como? Pergunte a Singer e Kinberg…
Outro ponto interessante: passam-se 50 anos entre o passado (1973) e o futuro (2023) e, puxa, Xavier e Magneto estão muito bem com 100 anos de idadecada um, viu? Isso é que é saúde… E não deixa de ser cômico o fato de que o Wolverine do futuro está meio grisalho (exatamente como na HQ): ora, o único ali que não envelhece (por causa do fator de cura) é o que mais parece ter envelhecido da Trilogia para cá.
Porém, há a resposta “sim” para a pergunta “o filme muda tudo”. Em parte, sim. Ogrande trunfo deDias de Um Futuro Esquecido não é oclima sombrio e brutal do futuro – que diga-se de passagem é brutal mesmo, algo não usado na franquia até agora – mas justamente se pautar comosequência de Primeira Classe. Apesar do lapso de 11 anos cronológicos entre o primeiro filme e este – que no passado se passa em 1973 (tempo este que faz falta, porque muita coisa poderia ter se desenvolvido neste período) – o elenco matador da parcela “do passado” da trama rende um espetáculo.
Bryan Singer é um diretor que sabe explorar seus atores – desde a época de Kevin Spacey emOs Suspeitos – e usou isso em X-Men – O Filme e X-Men 2 com os atores do “presente” (Patrick Stewart como Xavier; Ian McKellen como Magneto e Hugh Jackman como Wolverine); mas verdade seja dita, o trio do “passado” formado por James McAvoy como Xavier, Michael Fassbender como Magneto e Jennifer Lawrence como Mística é melhor ainda. Talvez, esses atores tenham histórias senão melhores pelo menos mais humanas do que as da Trilogia original.
A passionalidade dos jovens Xavier e Magneto junto ao dilema moral da jovem Mística entre os dois preenchem o filme de sentido e dão a ele conteúdo para se somar à ação – brutal e magnífica – do segmento do futuro.
Outro ponto à favor de Singer é que ele sabe mesmo trabalhar com um elenco grande, aproveitando personagens não apenas por seu caráter, mas pela situação em que estão envolvidos. Um uso utilitário, mas competente dos personagens. Assim, apesar de haver mais de uma dezena (talvez duas…) de mutantes correndo de um lado para o outro no filme inteiro; tudo faz sentido e em nenhum momento sentimos umapresença “forçada”, porque cada um deles cumpre uma função no filme. Em termos de drama e caracterização, apenas poucos personagens são desenvolvidos: as versões jovens e idosas deXavier e Magneto; Wolverine; Mística. Em segundo plano, têm algum tipo de desenvolvimento o cientista Bolivar Trask (excepcional nas mãos de Peter Dinklage, fantástico mesmo, brilha em cada segundo que aparece na tela) e o jovem Hank “Fera” McCoy vivido por Nicholas Hoult.
O restante do numeroso elenco faz apenas figuração– e isso inclui Tempestade, Colossus, Kitty Pryde, Homem de Gelo e os vários novos mutantes apresentados, como Blink, Bishop, Mancha Solar e Apache. Contudo, como já dito, todos funcionam em tela pelo uso que têm no filme, especialmente cenas de ação contra os imbatíveisSentinelas do futuro, talvez os oponentes mais assustadores que os X-Men já combateram no cinema. O fato de conhecermos alguns dos heróis mutantes dos filmes anteriores nos dá empatia pelas cenas e os personagens, mesmo que a maioria tenha poucas falas; investindo mais em belas cenas de batalha.
E um destaquenesse plano é a aparição deMercúrio. Nos quadrinhos, Pietro Maximoff (chamado no filme de Peter mesmo) é nada menos do que filho de Magneto (e irmão da Feiticeira Escarlate, que não aparece no filme). Ausente da Trilogia dos X-Men, todo mundo sabe que Mercúrio só aparece neste filme porque o personagem aparecerá também em Os Vingadores 2 – A Era de Ultron, que não é da Fox, mas do Marvel Studios. (Explicando: Mercúrio surgiu nas histórias dos X-Men, mas depois se tornou membro dos Vingadores. Essa característica singular o coloca em um limbo contratual no qual pode ser usado tanto pela Fox quanto pela Marvel).
Mas apesar de ter sido “empurrado” dentro do filme – como uma maneira da Fox garantir apropriedade do personagem – sua participação no filme é excelente. A caracterização do personagem – transformando a arrogância e chatice de Pietro em petulância juvenil (ele é só um adolescente no filme) – é ótima e a cena de ação envolvendo Mercúrio correndo dentro de uma cozinha é simplesmente a mais bela cena do filme inteiro. É um efeito fantástico!
Mais uma vez, Bryan Singer mostra que sabe construir belas cenas matadoras em seus filmes, como o ataque de Noturno à Casa Branca, em X-Men 2. Memorável.
Outro ponto forte do filme é o roteiro, que une de maneira coerente os segmentos de 1973 e 2023. Cada um tem sua fotografia – escura e sombria no futuro; luminosa e colorida como os anos 1970 devem ser, no passado; o que ajuda a distingui-las. É curioso, inclusive, como o segmento do futuro parece com a antiga Trilogia (especialmente o clima escuro dos dois primeiros filmes); e o segmento do passado tem mais a cara de Primeira Classe. A explicação para a viagem no tempo é satisfatória, embora o filme não faça esforço em explicá-la demais.
Já a explicação para que o jovem professor Xavier volte a andar no começo do filme não é tão boa. Parece meio fora de propósito.
Em termos de adaptação, Dias de Um Futuro Esquecido é relativamente fiel ao material original. Na verdade, é até mais fiel do que eu esperava. Contudo, o filme explora melhor a ambientação da ameaça, trocando o Senador Robert Kelly da HQ (personagem que já foi usado nos dois primeiros X-Men, portanto, em nosso presente) pelo industrialista Bolivar Trask (o criador dos Sentinelas) e colocando o palco inicial da ação naConferência de Paris, que realizou o tratado de paz da Guerra do Vietnã, em 1973.
Isso dá aquelecaráter histórico ao filme – como tinha Primeira Classe, embora neste novo seja ainda melhor neste quesito – e funciona muito bem. Outra liberdade da trama é duplicar a ameaça. Em vez de um atentado (na HQ Mística tenta matar o Sen. Kelly no Congresso dos EUA, em Washington-DC), aqui há duas ações nesse sentido, em Paris e emWashington. Mas o desenvolvimento da trama é relativamente similar à HQ original, inclusive, na alternância entre passado e futuro. Mudam os personagens e o futuro do filme é mais espetaculoso do que o dos quadrinhos. Mas funciona.
Então, como fica a franquia depois de Dias de Um Futuro Esquecido? O HQRock não vai entregar nenhum spoiler, mas pense bem: é um filme que trata de uma viagem no tempopara mudar o futuro. Imagine as consequências disso em uma franquia cinematográfica…
O final do filme nos mostra um lampejo do futuro: Wolverinedesperta em 2023. Os X-Men estão lá. Mesmo aqueles que talvez você não esperasse.
E não esqueça: há uma cena pós-créditos que dá um pouco do clima do próximo capítulo dos mutantes: X-Men – Apocalipse,já confirmado para2016. Apresentará o vilão homônimo.
Primeira Classe se passou nos anos 1960; Dias de Um Futuro Esquecido nos anos 1970; eApocalipse se passará nos anos 1980, mostrando as origens dos X-Men tais quais os conhecemos na Trilogia.
Para encerrar: Dias de Um Futuro Esquecido é um bom filme? Sim. Vale à pena? Sim. É um dosmelhores da franquia da Fox, por incrível que pareça. Ainda tem seus problemas, mas pelo menos explora de modo competente uma história e traz como trunfo um elenco muito afiado.
Dias de um Futuro Esquecido traz a união dos dois elencos da franquia X-Men na Fox: a equipe da Trilogia e a equipe mais jovem de Primeira Classe. Na trama, dez anos no futuro, a maioria dos X-Men está morta e os sobreviventes lutam contra os Sentinelas, robôs terríveis criados para exterminar mutantes. Num ato desesperado, apostam numa saída impossível: usar os poderes de Kitty Pryde para lançar a consciência de Wolverine de volta no tempo até 1973 para impedir que Mística mate uma determinada pessoa e, com isso, mudar o fluxo temporal, alterando o futuro.
Nos quadrinhos, Dias de Futuro Esquecido, é uma história escrita por Chris Claremont e John Byrne e desenhado por este último, publicada em Uncanny X-Men 141 e 142, de 1981.
X-Men – Days of Future Past tem história de Matthew Vaughn (de Kick-Ass), Jane Goldman (X-Men – Primeira Classe) e Bryan Singer; tem roteiro de Simon Kinberg (de X-Men – O Confronto Final) e ; e dirigido por Bryan Singer. O elenco traz Hugh Jackman (Wolverine), James McAvoy (Charles Xavier), Michael Fassbender (Erik Lehnsherr/ Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Patrick Stewart (Xavier velho), Ian McKellen (Magneto velho), Nicolas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Halle Berry (Tempestade), Anna Paquin (Vampira), Ellen Page (Kitty Pryde), Shawn Ashmore (Homem de Gelo), Lucas Till (Alex Summers/Destrutor), Daniel Cudmore (Colossus), Fang Bingbing (Blink), Peter Dinklage (Bolivar Trask), Omar Sy (Bishop), Adam Canto (Mancha Solar), Booboo Stewart (Apache), Evans Peters (Mercúrio) e Josh Helman (William Stryker). O lançamento no Brasil será em 22 de maio de 2014, um dia antes do que nos EUA.
Os X-Men foram criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby, mas só foram bem-sucedidos comercialmente nos anos 1970, a partir da reformulação idealizada pelo escritor Len Wein e tocada à frente por Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne. Daí em diante, se tornaram uma das revistas de maior sucesso da Marvel Comics.








































































